Thursday, November 27, 2008

vontade de nada

Fazia tempo que eu não tinha esse tipo de vontade: vontade de... nada. Querendo ficar olhando pra tela do computador, aqui, sozinha no meu quarto... Ouvindo as músicas da minha vida, e pensando em nada. Sem ler, sem estudar, sem me preocupar, sem lembrar... Sem comer, sem dormir, sem sentir. Só me importando em estar aqui, em respirar... em viver, simplesmente. Vontade de nada é bom. Gostaria de passar por isso mais vezes e não me preocupar com coisa alguma.


Assim... feliz.





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P.S: Obrigada de verdade àqueles que me desejaram boa sorte. Eu consegui! Agora é batalhar pra conseguir enfrentar a segunda fase e garantir minha vaga na USP. Mas hoje eu quero mais é relaxar e aproveitar minha vontade de nada. E sorrir... ;)

Tuesday, November 18, 2008

lamúrias sobre tempo, memória e dor. (e mais alguns comentários desnecessários)

Não, eu não me arrependo das minhas idiotices. Não me arrependo por um único e simples motivo: se eu pudesse voltar no tempo faria tudo exatamente da mesma maneira, sem tirar nem pôr. Eu não sou vidente, não tenho poderes sobrenaturais, portanto, não havia como saber o que se passaria na minha cabeça depois de todos os acontecimentos, não poderia imaginar como tudo se resolveria, ou como os problemas se multiplicariam. Não dá. O único modo que achei pra descobrir foi agir. Se meus atos foram precipitados ou não, se foram corretos ou não... não me importo mais. Não me importo por que não há com o que se preocupar: tudo ficou no passado e eu tenho o presente bem na minha frente, o presente que agora mesmo já virou poeira, agora mesmo ele está sendo tirado de mim, a todo momento ele é tirado de mim. Pensar nos erros cometidos é como assinar um atestado de burrice (e eu sei que já assinei uma lista deles) pois não há como apagar aquilo que já foi escrito, as marcas não iriam desaparecer por mais que o perdão prevalecesse: resquícios são inevitáveis e eu só gastaria mais e mais do meu tempo ridiculamente curto de vida pensando em como tudo poderia ter sido melhor. Erro? Essa droga de palavra não deveria existir no vacabulário de ninguém, ela não significa nada e só é útil pra abaixar a auto-estima dos seres que acham que pensam (tenho uma breve certeza de que me encaixo nesse grupo). Erro significa experiência de vida e toda a essência que uma pessoa errante possui foi indubitavelmente construída a partir daí. As pessoas não deveriam se testar tanto, se colocar tanto a prova, eu mesma não deveria fazer isso. É perigoso demais, e o perigo se encontra em tentar esquecer aquilo que nunca vai te abandonar, e caso você persista no erro de "tentar esquecer" isso te machucará pelo resto de seus dias na Terra... O legal de toda essa lenga-lenga é que quando a ficha cai e o indivíduo percebe que não vai adiantar merda nenhuma ficar tentando esquecer aquilo que vem machucando há tempos, ele passa a se adaptar às feridas que ele mesmo fez, e quando ele pára de cutucar, ela pára de crescer e começa a cicatrizar-se. Depois que toda a tempestade se vai, a dor desaparece, mas no lugar dela é deixado uma marca, a qual damos o nome de "memória".

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Random topics:
1) Essa reforma gramatical da LP anda me irritando tipo, MUITO :) Eu odeio ter que pensar em reaprender todas as malditas regras de acentuação outra vez de maneira diferente, e cogitar a possibilidade de escrever "idéia" sem acento me dá nos nervos. E lingüiça sem trema? Flexão do verbo "parar" (pára) sem acento???? "Para" é preposição, mas que raios! Isso sem contar a exclusão do pobre coitado do hífen... Acho super válido escrever "contrarregra" e ter que ler "contra-regra" (Y). Quando eu for letrada eu vou acabar com essa porra toda. :D
2) Só para comunicação: Caso alguém leia o que eu escrevo aqui e pense que eu estou em colapso comigo mesma, eu afirmo que não é nada disso: no momento em que eu escrevo, eu extraio de mim todas as sensações que vocês sentem ao ler (se não sentem nada, eu provavelmente não estou extraindo nada, ou você simplesmente me acha muito desinteressante), eis o motivo para a nostalgia/pessimismo/raiva/etc que podem ser detectados constantemente e explicitamente no conteúdo de todas as minhas ladainhas e isso faz com que eu deixe somente as boas sensações me acompanharem diariamente. A cada texto é uma dor de cabeça a menos que eu tenho.
3) Por favor, mandem forças positivas para a minha pessoa no domingo? Pra que eu mantenha a calma durante a fuvest? Não queria mesmo jogar todos esses meses de estudo pesado no lixo por causa de nervosismo e/ou ansiedade. E eu juro que não coloco mais NENHUM comprimido de calmante na minha boca, vou resolver essa droga sem precisar de drogas. (ãhn, ãhn?).

Chega da sessão "minha vida conturbada".

Thursday, November 13, 2008

sei lá

Nem sei se me importo mais. A raiva não vale a pena.


Você não vale a pena. E disso eu tenho certeza.

Friday, November 07, 2008

concretismo?

tempoxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
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xxxxxxxxefêmeroxxxxxxxxxxxxxxxxx
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xxxxxxxxxxxxxxxxexistênciaxxxxxxx
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finitaxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
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xxxxxxxxxxxmemóriaxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxpassageira
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vidaxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaag
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aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaago
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aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaagor
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaagora
xxxxxxxxxxxxxxAGORAxxxxxxxxxxxxxxx


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P.S.: Sentirei tanta falta das aulas do Gatti. Literatura é vida...