Saturday, July 26, 2008

simples e fácil (não)

O mais surreal sobre o amor é que mesmo que ele possua toda essa fama desalentadora sobre angústia, as pessoas não abandonam o ímpeto de amar quando possuem tal opotunidade e nem mesmo tentam se esquivar quando ele te prende contra a parede. Talvez seja porque é gostoso em demasia poder sonhar com a felicidade personificada, seguindo-nos por toda a parte e garantindo chuvas de sorrisos involuntários. E quanto ao maldito sofrimento, a gente dá porrada depois, porque convenhamos, felicidade é uma delícia.

"I want you near, like a shadow in my way"

Friday, July 25, 2008

couldn't be better

Ele foi despedido ontem à tarde enquanto alguém roubava seu carro lá fora. A namorada o havia deixado na terça-feira, seu tcc não foi aprovado pela banca da faculdade na semana passada, e pra piorar, chovia absurdamente enquanto ele caminhava de volta pra casa depois de descobrir que fora ao supermercado sem levar a carteira. E é nessa hora que ele se pergunta: "O que mais poderia dar errado?" E é aqui que eu respondo: Oh baby, pare de invocar a Lei de Murphy! Já que você (obviamente) está na merda, pra que querer ficar mais na merda ainda? Aproveite a falta de compromisso ao menos uma vez na vida e vá se embebedar ao som de um bom e velho rock and roll com uma daquelas garrafas de vinho francês que há tanto tempo você tem guardado para alguma droga de ocasião especial que nunca chegou. Aumente o som no último, e não desligue a menos que seus vizinhos chamem a polícia. Frite batatas e as coma com queijo sem se importar com quantos abdominais você terá que fazer depois pra perder essas calorias a mais. E por fim, coloque um sorrisão abestalhado na cara e invoque a Lei de Murphy inversa, dizendo para si mesmo: "Não podia estar melhor!". E só DEPOIS disso ouse sair de casa para procurar outro emprego, comprar outro carro e arrumar outra namorada. Mas por favor, não seja burro o suficiente de ir fazer isso enquanto ainda estiver sob o efeito do vinho francês.

Monday, July 21, 2008

eu não te conheço, mas odeio você.

Eu não tenho a mínina idéia de quem você seja. É, não tenho a menor noção. Não sei aonde você mora, não sei das coisas que você gosta, não sei se já sofreu na vida ou se sempre foi a filhinha da mamãe. Não sei sua idade, não sei se o seu cabelo é tingido ou se é natural. Não sei se já passou fome alguma vez na vida, não sei como é seu humor, se morre de cólicas todo mês, se trabalha, se faz faculdade ou qualquer droga desse tipo. E também não sei se você se importaria ou não, se soubesse que eu te odeio. De verdade, eu não sei. Mas eu odeio você. Você tirou de mim aquilo que eu sempre tentei guardar à sete chaves, aquilo de mais precioso, que eu mais tinha medo de perder. Não duraria muito, de qualquer jeito, mas eu sempre me recusei a acreditar de que um dia ele iria embora, me recusei a acreditar que alguém fosse capaz de tira-lo de mim. E você tirou. O seu encanto venceu o meu, de todas as formas, e fez com que todas as promessas que um dia ele me havia feito fossem jogadas para o alto (e agora, provavelmente direcionadas para você), junto com um último beijo e só o que ficou foi a minha incansável e estúpida espera por outro telefonema. Eu não consigo mais ouvir o nome dele sem pensar em você, sem pensar no quanto eu odeio você. Eu não consigo mais ouvir histórias de amor recíproco porque me dói lá dentro. E também não consigo mais sorrir, sabe? Quando tento, o meu sorriso fica deformado, falso. Porque a angústia que você me faz sentir é muito maior do que qualquer tentativa de estampar o símbolo da felicidade no meu rosto para que os desconhecidos pensem que sou feliz. Já faz tanto tempo que tavez ele nem se lembre mais, mas eu me lembro nitidamente das noites passadas em claro, querendo desesperadamente ir pra rodoviária e pegar o primeiro ônibus ao encontro dele, e dizer tudo aquilo que guardei comigo durante tanto tempo, e que a cada dia, me machucava mais. Mas quando penso em como essa cena seria ridícula, o que me resta é a solidão, a noite, a insônia, e o meu ódio por você. Algumas vezes cheguei a gritar durante a noite, mordendo o travesseiro para abafar os soluços de dor, sabia? É claro que você não sabia, e tampouco sabe agora. Alguns meses depois, minhas lágrimas secaram, mesmo com as lembranças ainda vivas e o cheiro dele impregnado em tudo que eu tocava. E eu cheguei a pensar que estava curada, já que "o tempo cura tudo", não é? O cacete que cura. Deixei de chorar porque não tinha tempo para tal, pois ocupava meus dias ao máximo pra que meus pensamentos não caissem sobre ele outra vez...


Agora, devo admitir que não odeio você, contudo, poder culpar-te pelas dores que me sufocam é de um alívio enorme para mim. Mas na verdade, o que eu sinto por você é pena, porque um dia, minha dor será sua e você culpará incessantemente à alguma outra que também haverá de sofrer depois de você.

Saturday, July 19, 2008

conhece o famoso questionário clichê?

01. Nome:
Daniella.

02. Apelido:

Dani?

03. Cor das calças que está usando agora:
Calça do meu pijama cor-de-rosa (gay).

04. Última música que você ouviu:
Richie Kotzen - Don't Ask.

05. Últimos quatro dígitos do seu telefone:
5915.

06. Última coisa que você comeu:

Duas bisnaquinhas.

07. Se você fosse um lápis de que cor seria?

Roxo, talvez.

08. Com quem você gostaria de passar o resto da sua vida:
Se alguém trouxer Oscar Wilde de volta à vida pra mim eu faço com que nessa vida ele não tenha tendências homossexuais. *-*

09. Como está o tempo agora?
Friozinho gostoso.

10. Onde gostaria de ir em sua lua-de-mel:
No idea yet.

11. Qual é a primeira coisa que você nota no sexo oposto:
Olhos, boca, jeito de andar.

12. Você gosta da pessoa que te mandou isso:
Ninguém me mandou isso.

13. Como você se sente neste momento:
Entrando em depressão fim de férias e pensando se vou sair hoje à noite.

14. Quem você gostaria que estivesse ao seu lado agora:
Ninguém.

15. Esporte favorito:
Sou um tanto quanto sedentária, mas gosto de vôlei.

16. O que te faz feliz?
Abraços de pessoas importantes pra mim, conseguir o que quero, ser lembrada por quem queria ser, ouvir minha música preferida tocar no rádio, piscina num dia de muuuuuito calor, ouvir elogios dos meus pais, conversar com quem saiba me entender, ler por prazer e quando eu passar na usp também ficarei razoalvelmente feliz, sabe.

17. Qual seu próximo CD?
Hm?

18. Qual o cor do seu cabelo:
Castanho escuro misturado com algumas partes avermelhadas e algum vestígio loiro nas pontas ;S hahahaha

19. Olhos:
Verdes.

20. Altura:
1,58

21. Você usa óculos e/ou lentes de contato:
Uso óculos.

22. Irmãos:
Um irmão. (L)

23. Quem você considera seus mais chegados amigos:
Eles sabem quem são, tenho certeza. =)

24. Quem dos seus amigos vive mais longe:
Tinha uma amiga no japão, mas como não nos falamos mais... acho que meus amigos do RJ.

25. O que você gosta de fazer:

Ler, escrever, ouvir música, sair com amigos, fazer palavras cruzadas.

26. Qual o melhor conselho que já te deram?
Se conselho fosse bom, você quer dizer, né. Não os uso.

27. Já ganhou algum prêmio:
Yep. o/

28. Música/Estilo/Banda favorita:
Hmm. No momento acho que... Pain Of Salvation - Second Love.
Hard Rock; Metal; Musica clássica; MPB e tal.
Guns and Roses forever and ever x)

29. Comida favorita:

Strogonoff da mamãe; Pizza.

30. Filme favorito:
Aaah, uma porrada. Mas acho que Rock Star é o preferido.

31. Mês favorito:
Os meses em que me encontro de férias.

32. Você é timido(a) para convidar alguém para sair:
Depende da pessoa que eu vou convidar pra sair.

33. Qual foi a coisa mais idiota que você já fez:

Sei lá, cara, foram muitas. Acho que cair em conversa mole.

34. O que você prefere, por telefone ou pessoalmente?
Pessoalmente.

35. Qual é a sua prioridade agora?
Nesses últimos dias de julho é me recuperar de algo desprovido de importância pra vocês e ler muito também. Quando minha férias acabarem, minha maior prioridade será sentar a bunda da cadeira e passar no vestibular.

36. Se fosse um animal, qual vc seria?
Algum que não virasse comida de gente.

37. Onde está a sua felicidade?
Em lembranças, sorrisos e momentos.

38. Você quer que seus amigos te escrevam de volta?
Nem faço questão.

39. Quantidade de velas no teu último aniversário:
Duas que formavam o número dezessete.

40. Furos na orelha:
Já tive sete, agora são cinco.

41. Tatuagem:
Ainda não.

42. Piercing:
Um, na orelha esquerda.

43. Defeito:

Esperar muito das pessoas é o maior deles.

44. Cor preferida:

Roxo e Preto.

45. Já chorou por amor?
Já perdi a conta das vezes...

46. Já sofreu algum acidente de carro?

Nada sério.

47. Peixe ou carne:
Carne.

48. Restaurante preferido:
Prefiro pizzarias, haha!

49. Praia ou campo:
Gosto dos dois.

50. Cerveja ou champanhe:
Champanhe. Odeio cerveja.

51. Café ou chá:
Café!

52. Copo meio cheio ou metade vazio:
Pode encher ele inteiro que eu bebo.

53. Lençóis da cama liso ou estampados:
Whatever.

54. Cor das meias:
Brancas.

55. Programa de Tv:

Não assisto tv. Só gosto de "House", meu amor (L) haha

56. Onde você gosta de receber beijos:
Hahahahahahaha que pergunta indiscreta bagarai, nem respondo não.

57. Está ouvindo alguma musica agora?

Deep Purple - Perfect Strangers.

58. Coca Cola ou Guaraná:
Both of them o/

59. Tom ou Jerry:
Jerry, porque ele é pequenininho, fofo, corre rápido e me faz lembrar dos esquilinhos que eu tive na infância.

60. Disney ou Warner:
Não sei :S

61. Quando foi sua última visita ao hospital?

Segunda-feira. Enferma, oi.

62. Como se chama seu ursinho de pelúcia?

Meus ursinhos não têm nome =T (Aliás, até tinham, mas eu sou desmemoriada e esqueci)

63. Reprovado no teste de habilitação?
Ano que vem eu te respondo, ok.

64. Daqui a 10 anos:
Ihhh, meu bem, muita coisa vai rolar até lá.

65. De quem recebeu isso?
Peguei num blog aleatório.

66. Hora de dormir:

Quando tenho aula no dia seguinte, às nove, se não eu durmo no colégio. Em finais de semana e férias meus horários são indeterminados.

67. Pior sensação do mundo:
Inferioridade, medo, talvez ódio.

68. Melhor sensação do mundo:
Amor, companheirismo.

69. O primeiro pensamento que tem ao acordar:
Hoje acordei pensando no pretérito perfeito do verbo "contradizer".

70. Se pudesse ser outra pessoa, quem seria?
Alguma atriz de cinema gostosa pra poder dar altos foras por ai. (H)

71. Qual o carro dos seus sonhos?
Amo Porshes *-*

72. O que diria a alguém, mas não tem coragem?

"Vai procurar outra pra colocar na geladeira porque eu não sou teu capacho", mas não é falta de coragem é indiferença mesmo.

73. Frase preferida:
"Influenciar uma pessoa é dar-lhe nossa própria alma" - Oscar Wilde (L) E também gostei de uma frase que vi no blog da li um dia desses: "Choramos ao nascer porque chegamos a este imenso cenário de dementes" - William Shakespeare.

74. Está apaixonado?
Não, obrigada!

75. Data do seu nascimento:
06/06/1991

76. Última conversa telefônica:
Com a minha tia, ontem à noite. *saudades* (Ela mora em MG)



Só por postar. Futilidade e zaz o/
Vou lá ler Dostoiévski (L), beijos ;*

Tuesday, July 15, 2008

a tal efusividade

Imagine o seu primeiro dia de aula na faculdade. Você entra na sala roendo as unhas de ansiedade e torcendo até a morte para que as pessoas sejam, no mínimo, interessantes (você não aguentava mais aquela galera insuportável do seu cursinho e não via a hora de passar naquele maldito vestibular que durante muito tempo aumentou suas olheiras e te deu de presente boas rugas de preocupação). Pára na porta e observa, durante instantes, os rostos que você verá todos os dias a partir de então: quase toda a classe é composta por mulheres e metade dos poucos homens que lá se encontram são visíveis homossexuais. O professor que acabou de te cutucar pelas costas querendo passar pelo lugar que você bloqueou devia ter mais de sessenta anos e talvez já fosse até um pouco surdo, pois não respondeu as suas desculpas quando você se inclinou para que ele passasse. Ok, parece que é hora de escolher um lugar pra se sentar. Você respira fundo e olha ao redor, as opções são poucas mas acaba avistando um lugar vazio atrás de uma garota aparentemente simpática e se dirige até lá. Ao sentar-se, ela quase que imediatamente se vira pra você e diz:

- Oi! Meu nome é Sabrina!! Tudo bem?!
- Oi, tudo bem sim e com vo...
- Nooooossa eu nem acredito que finalmente estou na faculdade!!! Parece que foi ontem que eu entrei na escolinha! O tempo passa tão rápido, né? O que você acha de a gente ir comer alguma coisa depois da aula? Eu vi uma lanchonete aqui perto que parece ótima!
- É... puxa, eu nem reparei.
- Então tá combinado! Ihhh.. o professor tá olhando feio pra cá! Melhor a gente parar de conversar e prestar um pouco de atenção na aula. Nos falamos no almoço, então! Beijinho amiga, te amo!
E a garota vira pra frente.


Dois minutos depois, você se manifesta:
- Professor, acho que entrei na sala errada!

Saturday, July 12, 2008

do lixo interior

"Existe um lixo emocional: ele é produzido nas usinas de nosso pensamento, enquanto crescemos interiormente. São emoções que passaram por nossa vida e nos ajudaram - mas que não tem mais qualquer utilidade. São sentimentos que foram importantes no passado, - não no presente. São recordações de dor que nos amadureceram - e que agora não servem para nada. Não podemos carregar este lixo: ele foi feito para ser jogado fora. E, no entanto, apegados aos nossos sentimentos antigos, ficamos com pena deixá-los. Enchemos nosso porão espiritual com uma confusão de memórias inúteis, que ofuscam as nossas lembranças importantes. Não procure sentir coisas que você não está sentindo mais. Não procure ser como você era. Você está mudando - permita que seus sentimentos lhe acompanhem."


- Paulo Coelho

Friday, July 11, 2008

cadê o dicionário?

A mente humana é algo intrigante. Uma das coisas que todas as pessoas deveriam fazer antes de morrer, é decifrar cada mínimo detalhe que se passa aqui dentro, lá dentro, aí dentro. A resposta deveria estar disponível nos dicionários, enciclopédias, sites de pesquisa, ou seja lá o que for, e cada indivíduo deveria nascer com essa idéia fixa na cabeça de se compreender antes de mostrar-se ao mundo. Deveria ser o ponto de partida, como um jumpstart pra vida. Talvez, se isso fosse feito, nem todos passariam suas vidas, se auto questionando e esperando o dia em que alguém irá lhes explicar o porque daquela discussão com uma das pessoas mais consideráveis de sua vida que acabou por desencadear aquele sentimento indefinido, em meio à mistura de indiferença e rancor, que antes, era julgado completamente impossivel de acontecer. Talvez o orgulho seja capaz de explicar a ignorância a qual somos submetidos a enfrentar. Para chegar a algum lugar, cruzar obstáculos e vencer barreiras vivendo num mundo frio e estático, aonde cada um só se importa, de fato, com o próprio umbigo. Seria divertido se através de uma lâmina de um microscópio, a essência dos seres humanos pudesse ser revelada. Assim, poderíamos ser catalogados! Ótimo, não? Só estaria faltando a etiqueta com o preço de cada indivíduo, determinando seu valor e destruindo por inteiro seu livre arbítrio e capacidade de argumentação. Perfeito! Depois dessa, a criação de robôs gélidos poderia até ser suspensa, visto que o nascimento de robôs feitos de carne e osso teria acabado de acontecer. Hmmm... É, talvez a dúvida quanto à velocidade das sinapses nervosas dos seres humanos não deva ser publicada no google. A vida seria tediosa demais sem poder filosofar sobre o conteúdo (ou a falta dele) da personalidade alheia...