Tuesday, September 30, 2008

just like a computer

Alguns dos meus pensamentos transformados em palavras reais:

"Minha memória deveria ser assim, exatamente igual à de um computador. Aquilo que tenho orgulho de ter feito eu guardaria na pasta: "Arquivos Especiais", que estaria sempre ligada ao meu inconsciente, embora completamente acessível, a qualquer hora do dia para me fazer sorrir quando eu começasse a achar que a vida é uma droga ou para me fazer suspirar por alguém que realmente merece ser lembrado. (Em doses saudáveis, sem que a alegria se transforme em angústia, caso essa memória não faça mais parte do meu presente). Em outra pasta, que poderia nomear por "Arquivos de Rotina", eu colocaria as memórias do meu dia-a-dia, que não me fazem mais triste, nem menos feliz, entretanto, estão aqui para me fazer lembrar o quão difícil ou fácil foi passar por certas situações, e eu aprenderia muito mais com meus passos dados em falso ao longo do caminho. E pra finalizar, à ultima pasta eu daria o nome de "Lixeira"(exatamente igual àquela do meu computador), e tudo aquilo que já me fez algum mal, que me proporcionou olheiras mais profundas, um pouco menos de cabelo, unhas roídas e olhos inchados, eu jogaria lá dentro e ordenaria ao meu cerébro que levasse o lixo pra fora."



Admito que achei essa idéia um tanto quanto ingênua quando pensei nela de imediato, mas depois de vê-la formulada eu até fiquei com vontade de tentar...

Monday, September 29, 2008

em memória de uma grande alma


Não posso afirmar se todos os seres vivos desse planeta em meio às suas tão estúpidas e efêmeras existências possuem algum tipo de ardor por conhecimento, por tornarem-se um pouco menos ignorantes do que já são, por imortalizarem em suas memórias a existência de alguém que foi muito além do que uma simples rotina consuetudinária, sem cores e sem marcos. Entretanto, posso afirmar que mesmo ainda tendo muito o que conhecer, eu sempre tentei fazer o possível e o impossível para reconhecer a luz ofuscante que algumas sábias pessoas deixaram nesse mundo ao partir. Machado de Assis não morreu e não morrerá jamais, pois hoje ele completa, sem dúvida alguma, cem anos de imortalidade dentro dos corações de numerosos brasileiros que ainda apreciam intensamente seus dons literários, e com um gostinho de saudades platônicas, eu me incluo nesse grupo de leitores e entrego alguns minutos do meu dia em homenagem à esse ilustre mestre da lingua portuguesa. Machado de Assis é, indubitavelmente, sinônimo de eternidade.


"Tu eras perfeito nos teus caminhos, desde o dia da tua criação." - Dom Casmurro.

Thursday, September 25, 2008

desassossego constante

Já que sou eu que assino o final de cada droga de post nessa droga de blog, não há nada de errado em escrever um pouco sobre mim mesma, há? (Pergunta retórica, claro.)


Eu tenho plena consciência de que para se viver em sociedade e aguentar os trancos diários a que somos submeditos é extremanente necessário que tenhamos uma certa dose de equilíbrio emocional. Mas que raios de coisa difícil de se conseguir! Eu acho que já estou tão intensamente saturada de informações e sensações me atacando por todos os lados que já não tenho mais controle sobre mim mesma e o troco se reflete na minha saúde... Se eu não conseguir me centrar nesses dois últimos meses que eu tenho antes de fazer aquela droga de prova que me desespera desde o ínicio do ano, quando for a hora eu já serei uma completa hipocondríaca. Eu sei que meus problemas não são o fim do mundo e é exatamente isso que me frusta! Se uma coisa tão fútil como uma prova de vestibular consegue fazer todo esse estrago psíquico e emocional comigo, eu fico me indagando quando algo sério de verdade estiver por acontecer.... Agora mesmo eu tenho trilhões de coisas pra fazer, mas a ansiedade dentro de mim anda me corroendo! Precisava de um tempo pra tentar colocar tudo isso pra fora de um jeito ou de outro. Meus dedos sobre o teclado se manifestam antes que eu consiga enviar alguma informação formulada até o meu cérebro e a sensação que tenho é a de que eu andei usando todos os tipos de drogas mais pesadas mesmo que nunca tenha colocado um simples cigarro na boca e tenha asco desse tipo de coisa. É como se meu próprio organismo estivesse me enviando um pedido urgente de socorro, para que eu pare de ser estúpida ao ponto que tenho chegado. Mas que merda... sei que vou me arrepender desse post impetuoso quando estiver em completo estado de sanidade, mas agora o relógio é meu inimigo e eu tenho uma aula pra assistir e o mundo não pára por minha causa.

Friday, September 05, 2008

o direito de se ser quem se é

Tenho quase certeza absoluta de que não existe nada que me irrita mais do que aquela antiga frase: "Pára de reclamar, tem tanta gente pior do que você!" Eis aqui uma dica: Se você tem algum amor pelos seus ouvidos nunca diga isso pra mim, a menos que queira me ver incorporando a alma de um fascista exarcerbado. Essa ignorância me proporciona asco. Por Deus, já é hora de as pessoas aprenderem a ter um pouco de bom senso! Não é porque eu não nasci na Somália ou na Etiópia e não passo fome diariamente que eu não tenho o direito de chorar, que eu não tenho o direito de dizer que já sofri na vida, que alguma coisa me machuca ou até mesmo que certas coisas que acontecem comigo não são justas. Afinal, acho que a "culpa" de não ter o mesmo tipo de sofrimento que algumas pessoas já tiveram não é minha. Eu continuo sendo humana mesmo que não passe fome, mesmo que tenha pai e mãe, mesmo que estude em colégio particular e possa ir ao cinema aos fins de semana com os amigos. Não é porque eu reclamo sobre alguns aspectos que eu não dou valor àquilo que tenho, são coisas completamente distintas. Eu não vou deixar de ser humana devido as minhas condições de existência. Cada um sabe aonde dói mais forte dentro do peito, cada um sabe aonde o seu orgulho machuca, isso é fato e deve(ria) ser respeitado. Tudo depende de um referencial, tudo é extremamente relativo. E se você não tem tato pra lidar com as pessoas, o melhor que você tem a fazer é calar a boca. Acho que já passou da época de venderem semancol nas farmácias.